24 junho 2010

Contos que ninguém conta.

Andando descalça chutei uma pedra.
Seria um fato idiota e inútil se a pedra não tivesse quase arrancado meu dedo.
Tive medo até de olhar. Por que sigo a risca o pensamento: "O que os olhos não veêm o coração não sente".
Talvez se meus olhos não vissem a unha dependurada e o sangue jorrando, talvez ele não emitisse sinal de dor.
Não..Vocês não compreendem. Pior foi passar a semana vendo aquela coisa horrível.
Meu pé já não parecia um pé. Na verdade parecia qualquer coisa, menos um pé.
Eu sentia que ele estava se tornando algo além do meu corpo. Talvez um extraterrestre estivesse morando ali, mas veja, são apenas possibilidades.
O que sei é que uma ou duas semanas depois ( Não lembro o tempo exato, porque o machucado afetou meu raciocínio)  O dedo, que até então não era mais dedo, reviveu.
Voltou a ser dedo, como se nunca tivesse sido a casa de um extraterrestre!
Já bastava não conhecer a alma humana! Mais essa agora!
O engraçado é que desse fato absurdo absorvi umas das lições da vida...
Que me esqueci agora.
Porque vida é assim mesmo, de 1341535423643643 de informações obtidas num dia, talvez uma ou duas você se lembre daqui uns anos.

Essas Pedras no caminho? Guarde todas. Um dia vamos construir um...um....Barco?
Não, não, Um castelo, Disse meu amigo Fernando Pessoa.

0 comentários:

Postar um comentário