16 junho 2016

Existirão sempre muito mais coisas boas do que ruins.

Hoje eu estava lendo algumas coisas do blog.
(como se eu não tivesse centenas de coisas importantes para fazer!)
Mas sabem como é, algumas coisas mudam, outras coisas não mudam nunca.
E a minha super habilidade de distração e fuga de deveres continua, por vezes, infalível.
Fato é que estava lendo e comecei a entender porque tantas pessoas dizem "Queria ter o corpo de 20 e a cabeça de 40".
Coisas desse tipo.
Comecei a entender todas as vezes que alguém me disse "um dia você entenderá". "Isso é bobagem"... etc.

Eu vi como mudei tanto alguns pensamentos.
Acho que todas as pessoas deveriam ter blogs para se auto analisar.
Para voltar alguns anos e reler o que escreveu. Ver quanta importância havíamos dado a uma situação que não merecia tanta importância. O quanto julgamos, o quanto estávamos precipitados. E como aquilo tudo passou.
É engraçado e também angustiante... porque a gente percebe que é realmente muito difícil enxergar algo quando se está vivendo aquele "algo".
Precisamos tentar dar um passo para o lado e tentar ver a cena de fora no momento em que a estamos vivendo, pra não acontecer o que está acontecendo comigo agora. Essa vergonha por ver o quanto muitas vezes e repetidas vezes errei.
Fácil falar, difícil fazer.

Ao ler pensei em algumas coisas particulares...
Em como é nítida a confusão que a minha cabeça vivia.
Percebo que diversos textos falavam de amor, enquanto outros no mesmo período falavam de término, de dúvida, de medo, de insegurança, incompreensão.
É estranho como nós nos apegamos a algumas coisas e mesmo quando dói não conseguimos nos desvencilhar.
E como nós problematizamos tantas coisas, quando o que deveríamos ter feito era simplesmente aproveitar o momento sem pensar no antes ou no depois. Porque lembro o quanto amava e era amada, mas ao mesmo tempo o quanto, nestes textos, sentia medo, sentia-me excluída, etc.
É horrível perceber em como nos colocamos no lugar de vítima, em como podemos fazer de uma coisa boa algo ruim simplesmente porque o problema esta em nós.

Por isso o auto conhecimento é tão importante.
Aceitar nossos defeitos e trabalhar com eles, ao mesmo tempo que precisamos reconhecer e valorizar nossas tantas qualidades.

Sei lá, se você está vivendo algo neste momento ainda dá tempo de tentar dar um passo para o lado e ver de fora.
Tentar mudar algumas atitudes.
Tentar não repetir os mesmos erros.
Tentar simplesmente viver algo bom sem pensar nas consequências. Sem problematizar. Sem tentar desvendar e compreender o que é incompreensível.

A vida é isso, né.
Um grande aprendizado. Dia após dia.
É tão bonito, tão grandioso.
Aproveitemos nossa capacidade de aprender, de produzir e sentir prazeres...
Existirão sempre muito mais coisas boas do que ruins.
Disso eu tenho certeza.




Eu em 2008

 Eu em 2016





28 dezembro 2015

Da série: "Se não lembro não fiz"

Cá  diz:
 você era muito doida Jú, Jesuuuuuuuus.
 mas você ainda bebe às vezes?
  diz:
às vezes quase nunca.
Cá  diz:
 uma menina aqui de Franca esses dias perguntou de você
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
  diz:
 quem? hahahaa
Cá  diz:
 Bruna.
  diz:
 Nossa, não conheço. rs
Cá  diz:
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
 como assim Jú ?
  diz:
 sério.
 Cá   diz:
 hahaha
 sério uai.
 kkkkkkkkk
 só você mesmo.
 ain ain.
 hahaha
  diz:
 fala, quem é?

Cá   diz:
 haha, melhor é que eu que tenho que falar.
Jú você conheceu ela na pracinha do Francano, lembra ?
  diz:
 CARALHO
 não lembro.
 Fiquei com ela?
Cá   diz:
 vapô!
  diz:
 Diz que ela tem dente, por favor...
Cá   diz:
 teeem
  diz:
 AEEEEEEEE
Cá   diz:
 nossa quanto a isso fique tranquila. Dente ela tem
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
  diz:
 kkkkkkkkkkkkkk
 nossa
Cá   diz:
 ooh, mas tudo indica que ficou sim Jú.
  diz:
 ela tem orkut? rs
Cá   diz:
 mas enfim, vou dizer a ela, que você está com saudade e que mandou um beijo.
  diz:
 Gente, eu queria lembrar.
Cá   diz:
 não tenho ela não, mas depois posso ver.
 Jú, puxa la na pasta de arquivo morto que você lembra.
 Tava um monte de gente na pracinha, ela tinha um namoradinho.
 até a Carlinha tava junto.
  diz:
 Tá, diga que estou com saudades.
Cá   diz:
   isso, melhor.

-
E quem é Carlinha?



Emails que escrevemos mas não enviamos

Da série: "Emails que escrevemos mas não enviamos".


É difícil esquecer você porque eu demoro para me abrir e quando me abro sempre acho que é pra sempre... Aí demora pro meu cérebro de Macaco assimilar que os planos mudaram no meio do caminho... e esquecer todas as coisas que você me disse... É difícil. O meu cérebro é de um macaco criança. Eu esqueço muitas coisas, a maioria na verdade, mas algumas, as que me marcam de alguma maneira, eu nunca esqueço, e isso às vezes é ruim, porque eu também gostaria de esquecer. O pior é que sempre que lembro das palavras lembro do sentimento como se fosse hoje. Lembro de tudo. Não só as palavras ficam, mas o sentimento daquele momento. Ás vezes é chato.
Algumas coisas que lembro:

"Eu era a rainha e a Carol a princesa"
"Eu te amo... - Esquece tudo que eu disse"
"Eu vou te esperar aonde quer que eu vá, te levo comigo"
"Eu só serei feliz quando todo mundo da minha família morrer"
"Eu nunca quis ter filhos com ninguém. Com você eu quero"
"Nossa casa"
"Jaqueline você me deve"
*Tênis quadriculado*
"Se você não tivesse escrito em X minutos, eu teria te bloqueado para sempre"
"Prefiro morrer do que comer isso"
"Eu tava olhando você dormir. Você é tão linda"
"Sagitarianos nunca crescem"
"Não brigue com Anne e seu pai."
"Fui as passeatas pelos professores então eles me passaram"
"Facebook não é lugar para mães"
"Eu fingia que tinha morrido e ficava caída na janela, para assustar minha mãe"
"Eu tinha os pintinhos que assaltavam alface"
"Fiquei cheia de sangue quando ela caiu da escada. Por isso não consigo sentir o cheiro até hoje"
"Estava com ela mais por amizade. No último ano nem fazíamos amorzinho"
"Só não sou completamente feliz porque lembro que vc existe"
"Hoje entrou uma sapa gorda no volei. Achei que ela tivesse problema na fala, depois descobri que é francesa"
"Eu estava indo pra piscina e aí minha vó, tia e mãe lembraram do concurso. Foram todas me levar, minha vó rezando atrás"
"Eu não era bonita, mas era muito simpática"
"Se eu não ficar com você, não ficarei com mais nenhuma mulher"
"Todas as minhas ex viraram hetero."
"Pelanza estava acenando"
"Nós descíamos os morrinhos da PUC com papelão"
"Todos os meninos da facul pagavam pau pra ela"


Ah, e mais um monte de coisas...
Obrigada por todos os momentos... os bons, os ruins, os mais ou menos... Foi muito bom. Aprendi um bocado e fui feliz outro bocado.
Se tem algo que aprendi com tudo isso é ser sincera.
Eu percebi que a sinceridade tem um valor muito alto: A confiança.