20 março 2010

Curvas no papel.


Tempos difícies esses... Em que há mais amores que espaço no coração.
Em que há mais amores que tempo, que o desejo ou talvez disposiçao de se envolver, de envolver.
Tempo difícies mesmo...Em que um abraço custa caro; abraços de amizado, compreensao, conforto ou aconchego. Nao! As pessoas querem mais em tempos assim. Dão um abraço quando "namoram", com a condiçao de que seja sempre o único que irão receber.
A humanidade quer exclusividade. São uns egoístas, como eu.
Mas, se eu não te amasse tanto assim não te deixaria partir. Quero que tenhas mil abraços e braços e mãos a lhe levantar, porque talvez eu não seja capaz de tanto.
Tempos difícies em que não importam nossas razões, somos julgados, "rebeldes"... Nem sei.
De tempos em tempos a humanidade caminha, ou seria a "inumanidade" ? Ou talvez a "imunidade" em decorrência de tantas doenças do corpo e da alma.
Gosto de ver as curvas que minha caneta faz e suas cores no papel.
Estou no caminho certo.

06 março 2010

Sem imagem

Os monstros estao somente dentro de nós mesmos.
Não estão nas coisas, nem em outras pessoas. Nós os criamos para nos proteger, às vezes para nos machucar.
Mas é aqui dentro o lugar em que vivem.
Cada novo dia é uma luta e uma harmonia diária com eles.
...
Para mim às vezes é quase impossível não soltar os montros diante de tantos absurdos do dia-a-dia, mas vale a pena pensar antes de agir, antes de dizer a palavra final.
Tenho andado distraída...
Fazendo uma coisa e desejando outra. Não sei bem que parte de mim está no comando... Estou me deixando levar.
Tenho andado confusa e impaciente.
Como sempre, em determinado instante.
...
Já entendi!
Há uma hora em que chego no limite. Não que as coisas ao redor estejam erradas. Simplesmente chegou o meu limite, e eu preciso recomeçar.
Dói. E odeio finais. Não sei lidar com eles por um tempo.
Mas se eu não partir continuarei confusa e impaciente.
Eu sei que chegou o meu limite.
Não é que eu não ame mais, não é que eu não queira mais. Difícil explicar, talvez seja como um copo cheio d'água, você coloca mais uma gota e ele transborda. É preciso beber a água, esvaziar o copo.
Estou cheia de sentimentos bons, estou transbordando por sua causa.
A culpa é sua.
Agora preciso esvaziar para recomeçar.
Por favor, me perdoe, mas eu preciso ir.
...
Os monstros estão somente dentro de nós mesmos.
...
O fim é apenas o início de uma nova e bonita história, acredite.
E quando tudo recomeçar irá sorrir ao lembrar que um dia esteve triste pelo conteúdo do copo que foi jogado fora...Mas que agora está cheio, com uma água mais limpa e doce.