11 novembro 2010

"Todas as coisas são números".

- Pitágoras.



Quero mudar, ir com calma, no fundo, ao fundo de qualquer coisa, qualquer lugar. Chegar ao final, ao limite... Construir pontes no lugar dos muros. Construir um lar, manter amigos, manter coisas boas, jogar fora tudo que não presta e começar do zero.


O zero que é um número tão complexo e tão bobo. A começar por sua forma, única. Um círculo, redondo, significa vazio, nada e o início, ou o fim, depende do ponto de vista.
Que separa o positivo do negativo, uma linha tênue entre coisas tão opostas!
Como poderia o Zero ser tão bom companheiro, tão amável a ponto de se relacionar com todos com tamanha igualdade? Seria o Zero a melhor e mais bonita invenção humana?

Mas não há nada no zero. Zero e a solidão... Que por sinal, daria um bom título para um livro.

Estive pensando: Seria eu um Zero a Esquerda?
Um nada, Zé ninguém, Zé alguma coisa...Um imprestável?
No entanto, poderia ser também um Zero a Direita!
Que soma coisas, que aumenta, que dá igualdade, que facilita esta soma, enfim.

Queria ser um facilitador. Ajudar a somar bons elementos, subtrair maus e multiplicar.
Mas não entendo porque um número vezes zero é zero, já um número elevado a zero é um, e um número mais zero é ele mesmo.
Ah, criatura! Tão complexa e tão bonita...Tão jovem.
Não imagino como era a vida antes de ti. Aposto que era vazia e ao mesmo tempo pesada.

Indico Zero; cero; zéro; nul; noll; sero; ao Nobel da paz.

3 comentários:

  1. Lindo e intenso!
    Um dia de paz pra ti, querida.
    Bj

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  2. @Marinha

    Muito Obrigada Marinha,
    Desejo pra ti tbm, viu?
    Beijos.

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  3. Garota, vá com calma e te digo, ''zero e solidão'' é igual levar uma vida emocianante e miserável. De onde nasce as poesias mais profundas e sangrentas. E a propósito, você é muito linda. Me desculpe o atrevimento, mas, não pude evitar.
    Abraços.

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