22 fevereiro 2013

Ride




Identifiquei-me imenso com o monólogo que a Lana Del Rey escreveu para a música "Ride".
Segue.


"Eu estava no inverno da minha vida - e os homens que encontrei pelo caminho eram meu único verão. À noite eu dormia e tinha visões de mim mesma dançando, rindo e chorando com eles. Três anos consecutivos em uma infinita turnê mundial e minhas memórias deles foram as únicas coisas que me sustentaram, e meus únicos momentos felizes reais. Eu era uma cantora, não muito popular, que tinha o sonho de se tornar uma bela poetisa - mas uma série de eventos desafortunados destruiu esse sonho e o dividiu como um milhão de estrelas no céu noturno, para que eu fizesse pedidos a elas de novo e de novo - brilhantes e destruídas. Mas eu não me importei, porque sabia que ter tudo que você quer e depois perder isso tudo é saber o que a liberdade verdadeiramente é.
Quando as pessoas que eu conhecia descobriram o que eu fazia, como eu vivia - elas me perguntaram por quê. Mas não faz sentindo falar com pessoas que têm um lar, elas não têm ideia de como é procurar segurança em outras pessoas, procurar um lar onde você possa descansar a cabeça.
Sempre fui uma menina incomum, minha mãe me disse que eu tinha alma de camaleão. Nada de uma bússola moral apontando para o norte, nada de personalidade fixa. Apenas uma determinação interna que era tão grande e oscilante quanto o oceano. E se eu dissesse que não planejava as coisas desse jeito, estaria mentindo, porque eu nasci para ser a outra mulher. Eu não pertencia a ninguém - pertencia a todo mundo, não tinha nada - que queria tudo com o fogo de cada experiência e uma obsessão por liberdade que me assustava tanto a ponto de nem conseguir falar sobre isso - e me empurrou para um ponto nômade de loucura que tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta.
Toda noite eu costumava rezar para achar pessoas como eu - e finalmente achei - na estrada. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejássemos mais - exceto transformar nossas vidas em uma obra de arte.Viva rápido. Morra jovem. Seja selvagem. E se divirta.
Eu acredito no que a América costumava ser. Eu acredito na pessoa que quero me tornar, acredito na liberdade da estrada. E meu lema é o mesmo de sempre - acredito na gentileza dos estranhos. E quando estou em guerra comigo mesma, eu ando por aí. Só ando por aí.
Quem é você? Você está em contato com todas as suas fantasias mais escuras? Você criou uma vida para você mesmo na qual é feliz para experienciá-las? Eu criei. Eu sou louca pra cac*te. Mas eu sou livre."

08 fevereiro 2013

A vida é insana.

A vida é insana.
De uns tempos pra cá tudo mudou tanto!
Passei na faculdade, comecei a faculdade, sai do emprego, arrumei emprego, conheci gente nova, conheci gente chata, legal, igual. Mudei-me pra longe, pra perto, pra longe e mais longe ainda.
Comprei uma bicicleta em 6 vezes e a roubaram em 5 minutos.
Eu até estava pensando na porcentagem de pessoas que eu conhecia que já tinham presenciado algum tipo de assalto e eu ainda não.
E o meu foi assim, mão armada e frase de efeito: "Desce da magrela".
Depois voltei chorando, me sentindo culpada.
É estranho como os seres humanos tendem a se culpar quando algo ruim acontece. Nós (ou pelo menos a maioria - ou apenas eu) sempre que algo ruim acontece sinto que eu poderia ter feito algo. Que SE não fosse por isso ou aquilo tal coisa poderia ser evitada.
Isso é válido quando se trata da prova de cálculo, por exemplo, sem eu ter estudado nada.

Mas não era sobre isso que eu gostaria de falar.
Este é meu muro das lamentações. Acho que está meio óbvio.
Só venho pra cá quando estou triste.
É como algumas pessoas tratam Jesus.
Só recorrem a eles quando a coisa ficou feia.

Estou especialmente triste hoje.
É como se alguém estivesse esmagando o meu coração com toda a força do mundo.
E sinto-me impotente. Como em sonhos que algo está atrás de nós e não conseguimos nos mover ou gritar.

Tenho muito medo de estar desperdiçando meu tempo longe das pessoas que amo.
Não estou falando de namorado ou namorada.
Estou falando de família.

Acho que nunca falei de família aqui.
Mas sinto muito a falta da minha mãe e do meu pai.
É muito difícil morar longe.
E sabe, em muitos momentos nós nos apegamos a outras coisas como: Colegas, namoros, rolos, bebida, festas.
E o que realmente importa?
Está tão longe.

Espero que o tempo passe e tudo dê certo logo.